O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 33 pessoas, no âmbito da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Após três meses de análise das provas reunidas pela Polícia Federal (PF), Gonet concluiu que Bolsonaro não apenas estava ciente do plano, mas também teria liderado articulações para sua execução. Caso seja condenado, as penas combinadas podem ultrapassar 28 anos de prisão.
Nesta terça-feira, Bolsonaro compareceu ao Senado Federal para encontros com aliados e apoiadores. Ele busca apoio político para viabilizar uma eventual anistia no Congresso Nacional.
Agora, cabe aos ministros da Primeira Turma do STF avaliar a denúncia e decidir se há elementos suficientes para abrir um processo criminal. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes.
Na peça acusatória, Gonet destaca uma reunião entre Bolsonaro, os comandantes das Forças Armadas e o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, ocorrida em 14 de dezembro de 2022. O encontro teria sido parte da organização do golpe. Conforme apurado pela Polícia Federal, o plano não avançou devido à falta de apoio da alta cúpula do Exército.
Essa é a primeira denúncia formal contra Bolsonaro. No entanto, ele já foi indiciado em outras duas investigações: uma relacionada a possíveis fraudes no seu cartão de vacinação e outra sobre o desvio e venda de joias do acervo presidencial. O inquérito sobre o golpe conecta todas essas apurações.
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