Uma tragédia marcou o último sábado (18) no bairro Parque dos Maias, em Porto Alegre. Rafaella Parode de Azevedo, uma menina de apenas oito anos, morreu afogada enquanto brincava na piscina da Associação Comunitária Parque dos Maias (Acopam). O acidente aconteceu à tarde, e, mesmo com todas as tentativas de reanimação, a menina não resistiu.
Conforme relatos da mãe, Fernanda Parodi, Rafaella teve um mal súbito enquanto estava na piscina. O padrasto, que estava no local, a tirou da água imediatamente, mas a ausência de um salva-vidas capacitado agravou a situação. Em desespero, as pessoas presentes começaram a pedir ajuda, mas não havia socorristas de plantão.
"Meu coração estava em pedaços, e parecia que o tempo tinha parado. Não tinha ninguém preparado para socorrer", desabafou Fernanda.
A situação se tornou ainda mais dramática quando a família tentou levar Rafaella a um posto de saúde próximo, mas encontrou o local fechado. Nesse momento, uma mulher que passava pela rua se ofereceu para ajudar e levou a menina até o Hospital Cristo Redentor.
Durante o trajeto, o padrasto seguiu as orientações de primeiros socorros repassadas por áudio pela madrasta da criança, que é enfermeira. Dois motoboys também deram apoio, escoltando o carro até o hospital.
No hospital, a equipe médica lutou por mais de uma hora para reanimar Rafaella, mas, infelizmente, a criança não resistiu. O velório aconteceu no domingo (19), no Cemitério Jardim da Paz.
A Associação Comunitária Parque dos Maias emitiu uma nota de pesar nas redes sociais, lamentando o ocorrido. A instituição suspendeu a venda de ingressos no domingo, mas permaneceu aberta até as 16h para os visitantes que já estavam no local. "Neste momento de dor, manifestamos nossa solidariedade e sentimentos aos familiares e amigos de Rafaella", declarou a Acopam.
No entanto, a mãe da menina questiona a postura da associação. Segundo Fernanda, o responsável pela segurança da piscina não soube lidar com a emergência, o que, na visão dela, evidenciou a falta de preparo.
Já a associação afirmou à reportagem que havia um bombeiro civil no local e que os primeiros socorros foram prestados, mas populares decidiram levar a criança diretamente ao hospital, mesmo com o Samu acionado.
Ainda em sua nota, a Acopam alegou que só foi informada do óbito de Rafaella na manhã de domingo, justificando que manteve as portas abertas no sábado devido à presença de frequentadores.