Uma greve de rodoviários está complicando a vida de quem depende do transporte público na região Metropolitana de Porto Alegre. O movimento paralisou os ônibus de ao menos oito cidades na manhã desta segunda-feira, deixando milhares de passageiros sem opção para se locomover.
As cidades afetadas pela paralisação são Canoas, Camaquã, Gravataí, Guaíba, Cachoeirinha, Alvorada, Eldorado do Sul e Viamão. Segundo informações da Metroplan (Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional), os bloqueios ocorreram diretamente nas garagens das empresas de transporte dessas localidades.
A Metroplan informou que o principal motivo para a greve são as questões salariais entre os rodoviários e as empresas. De acordo com o órgão, esse é um assunto que deve ser negociado exclusivamente entre os sindicatos e os empregadores, sem possibilidade de interferência externa. A paralisação de hoje já impactou cerca de 100 mil pessoas.
Uma reunião entre os sindicatos e as empresas estava prevista para acontecer apenas na próxima quinta-feira, mas pode ser antecipada para hoje devido à urgência da situação. Normalmente, em casos de greve, a Metroplan tenta remanejar ônibus de outras empresas para minimizar os transtornos. No entanto, desta vez, a paralisação envolve todas as companhias de transporte da região, dificultando qualquer solução imediata.
A situação é crítica nas garagens. Na Soul, que atende Porto Alegre, Alvorada, Viamão, Eldorado do Sul, Gravataí e parte de Cachoeirinha, apenas 10 dos 80 ônibus programados conseguiram sair para atender a população.
Na garagem da Transcal, outra empresa importante que atende Alvorada, Canoas, Gravataí e Porto Alegre, apenas dois ônibus foram liberados. Esses veículos estão operando devido a um contrato essencial com o Aeroporto Internacional Salgado Filho.
Segundo integrantes do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários Intermunicipais de Turismo e de Fretamento da Região Metropolitana (Sindimetropolitano), a intenção é chegar a uma solução ainda nesta segunda-feira. Eles afirmam que a liberação dos ônibus durante o dia está condicionada à evolução das negociações. Caso não haja um acordo, uma nova paralisação pode ocorrer na terça-feira pela manhã.