A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã desta quarta-feira (4), uma operação para investigar supostos crimes licitatórios e desvios de recursos públicos na gestão municipal de Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, entre os investigados está o prefeito Carlos Souza (PP).
Por conta do foro privilegiado do prefeito, as ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
A ação faz parte da Operação Quia Prius, que apura irregularidades em contratos de serviços médicos.
A investigação aponta suspeitas de sobrepreço, falhas na fiscalização e prorrogações contratuais com indícios de irregularidades, envolvendo uma empresa contratada pela prefeitura.
A contratação ocorreu inicialmente por meio da adesão a uma Ata de Registro de Preços de outra prefeitura.
Após o término do contrato inicial, a Prefeitura de Torres teria contratado novamente a mesma empresa, dessa vez utilizando dispensa de licitação.
O processo foi marcado pela desistência de outras empresas que ofereceram preços menores, mas alegaram, de forma suspeita, não terem condições de executar o serviço.
Na operação desta manhã, cerca de 40 policiais federais cumpriram nove mandados de busca e apreensão, as ações ocorreram em Torres, Xangrilá, Arroio do Sal, Porto Alegre, São Leopoldo e Balneário Camboriú.
Além dos mandados de busca, também foram cumpridas determinações judiciais para o bloqueio de valores em contas bancárias e aplicações financeiras, até o montante de R$ 760 mil.
Veículos com valores superiores a R$ 100 mil e direitos sobre imóveis de luxo também foram bloqueados como parte das medidas judiciais.