A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (6) a Operação Smart Fake, que resultou na prisão de quatro pessoas suspeitas de integrar um esquema de fraude envolvendo empréstimos concedidos pela Caixa Econômica Federal.
A quadrilha é acusada de desviar mais de R$ 20 milhões por meio de fraudes em operações de crédito direcionadas a empresas, em um esquema que beneficiou ao menos uma centena de negócios.
A operação da PF cumpriu, além das prisões temporárias, 12 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais dos suspeitos, localizados nas cidades de Teresina e Pedro II, no Piauí, e em Timon, no Maranhão.
A Justiça Federal autorizou ainda o sequestro de bens dos envolvidos, como medida para recuperação dos valores desviados.
O caso começou a ser investigado após a denúncia de um empresário de Teresina, que relatou à PF que um dos envolvidos no esquema o teria abordado com a promessa de facilitar o acesso a créditos da Caixa para sua empresa.
Segundo o denunciante, o suspeito apresentou documentos falsos para simular um faturamento que a empresa não tinha, assegurando, assim, a liberação de um valor elevado de crédito. Esse caso específico serviu de ponto de partida para a investigação, que revelou uma série de outras operações suspeitas e inadimplentes.
As investigações indicam que o grupo já teria feito 179 contratos de empréstimos irregulares, envolvendo 115 CNPJs, muitos dos quais pertencem a empresas que sequer estão ativas ou possuem pendências junto à Receita Federal. Essas empresas registraram valores de inadimplência elevados, com algumas dívidas ultrapassando R$ 800 mil.
O grupo enfrenta agora acusações de estelionato qualificado, organização criminosa, falsificação de documentos e outros crimes que ainda estão sendo analisados pelos investigadores.