Na manhã desta segunda-feira, a frente do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Porto Alegre se tornou o cenário de um protesto intenso e carregado de emoção. A família de Dérick Aliardi, um jovem de apenas 21 anos que perdeu a vida em 2020, saiu em busca de justiça. Ele trabalhava como auxiliar de produção em uma fábrica de concreto e, segundo relatos da família, sua morte não foi um mero acidente de trabalho, mas sim um homicídio.
Dérick estava dentro de uma máquina fazendo a limpeza quando, supostamente, um colega acionou o equipamento, resultando em sua trágica morte. Essa versão dos fatos é contestada pela família, que acredita firmemente que houve negligência e falta de segurança no ambiente de trabalho. A mãe de Dérick, Camila, destaca que o filho já havia alertado seu supervisor sobre os riscos envolvidos na função que desempenhava. Para ela, tanto o colega que acionou a máquina quanto o supervisor devem ser responsabilizados por essa fatalidade.
Camila expressou sua frustração ao afirmar que o Ministério Público não tem dado atualizações sobre o caso há mais de um ano. Ela comentou que promotores não compareceram a audiências e que os pedidos de informação feitos pela família estão sem resposta. O descontentamento e a dor são evidentes, e a busca por justiça se transforma em uma luta constante por reconhecimento e ação.
Em contrapartida, o MPRS informou que a denúncia de homicídio qualificado já foi apresentada ao Tribunal de Justiça, e que o processo está em andamento. Após o protesto, Camila teve a oportunidade de ser recebida pela Central de Atendimento às Vítimas, onde a família aceitou o suporte emocional e psicológico oferecido. Essa acolhida é um passo a mais na caminhada da família em busca de resposta e justiça por Dérick.
Mín. 15° Máx. 28°