Hoje, o Brasil se despede de uma das vozes mais marcantes da televisão: Cid Moreira, jornalista e locutor, faleceu aos 97 anos. Ele estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, desde 4 de setembro, por conta de uma insuficiência renal crônica. Antes disso, ele já enfrentava uma pneumonia em casa, mas seu quadro piorou, levando à falência múltipla dos órgãos, o que culminou em seu falecimento nesta quinta-feira, às 8h.
Cid Moreira deixa um legado gigante no jornalismo brasileiro. Sua trajetória é memorável, com cerca de 8 mil apresentações do Jornal Nacional, conforme o Memória Globo. Até o momento, a família não divulgou detalhes sobre velório e enterro.
Nascido em Taubaté, São Paulo, em 1927, Cid iniciou sua carreira no rádio em 1944. Ele foi descoberto por um amigo que o incentivou a fazer um teste de locução na Rádio Difusora. De lá, o jornalista migrou para São Paulo e Rio de Janeiro, onde se firmou no jornalismo televisivo.
Seu grande salto veio em 1969, quando entrou para a equipe do recém-lançado Jornal Nacional, da Rede Globo. Junto com Hilton Gomes, ele estreou o telejornal que se tornaria referência na televisão brasileira. O nervosismo da estreia era notável, mas logo Cid entendeu a importância de sua nova função.
Durante mais de duas décadas, ele dividiu a bancada com Sérgio Chapelin, sendo a voz mais confiável do país. A famosa frase "boa-noite" de Cid tornou-se quase um sinônimo do JN, eternizando sua voz em cada lar brasileiro.
Além do JN, Cid Moreira participou do Fantástico e ficou marcado pela narração do quadro de Mr. M. No fim dos anos 90, ele começou a gravar salmos bíblicos, realizando o sonho de gravar a Bíblia inteira, algo que fez com enorme sucesso.
Em 2010, sua esposa Fátima Sampaio lançou a biografia “Boa Noite – Cid Moreira, a Grande Voz da Comunicação do Brasil”, um tributo à carreira do jornalista que fez história na TV.
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