Sabe aquela sensação de impotência quando algo inesperado acontece? Foi o que 19 pessoas, incluindo o motorista, sentiram ontem, quando um ônibus da Carris pegou fogo na zona norte de Porto Alegre. Felizmente, ninguém se machucou, mas a cena foi assustadora.
O coletivo da linha T2A estava na Rua Marechal José Inácio da Silva, no Passo d'Areia, por volta das 16h30min, quando as chamas começaram a consumir o veículo. Crisnaldo Rocha Bianki, o motorista, ainda está tentando entender como tudo aconteceu. Ele contou que os extintores não deram conta de apagar o fogo, mas, por sorte, os bombeiros chegaram rápido e controlaram a situação.
O incêndio destruiu principalmente a parte traseira do ônibus, o que leva os bombeiros a suspeitarem de uma pane mecânica ou elétrica no motor. A Carris, responsável pelo veículo, prometeu uma análise detalhada para descobrir a causa do problema.
Em nota, a empresa elogiou a agilidade do motorista, que garantiu a segurança dos passageiros. Mas, sério, até quando vamos depender da sorte e da rapidez dos bombeiros?
O ônibus queimado era de 2010, ou seja, estava no limite da vida útil permitida pela legislação municipal. No início deste ano, a prefeitura de Porto Alegre estendeu a vida útil dos ônibus comuns para até 15 anos e dos articulados para 16 anos. Antes, a regra era de 12 e 13 anos, respectivamente.
Um relatório do Grupo de Investigação da RBS (GDI) publicado em dezembro de 2023, antes da privatização da Carris, já alertava para o alto índice de quebra dos ônibus em circulação. Especialistas apontam que veículos mais velhos são um dos principais culpados. Não é a primeira vez que um incidente assim acontece, e, infelizmente, não será a última se nada mudar.
Em relação ao ônibus da linha T2 que incendiou na tarde desta segunda-feira (08), a Carris informa que, devido à atuação rápida do motorista, foi possível desembarcar com segurança os 18 passageiros que se encontravam no veículo. Ninguém ficou ferido.
O incêndio aconteceu na Rua Marechal José Inácio da Silva, no bairro Higienópolis. O veículo fazia o itinerário no sentido Sul-Norte. O motorista iniciou o controle das chamas com extintores de incêndio enquanto os bombeiros deslocavam até o local. O incêndio foi controlado pelos bombeiros.
Esse desfecho é resultado direto dos constantes treinamentos promovidos pela Carris e EPTC, com toda sua equipe, para atuar em situações de emergência. O ônibus será recolhido para a garagem, onde passará por uma detalhada análise para identificar a causa do problema.
A gente precisa pensar no nosso transporte público. A segurança e a eficiência têm que ser prioridade. Não dá pra aceitar que veículos velhos e mal conservados continuem rodando por aí, colocando a vida de todo mundo em risco. É hora de cobrar das autoridades uma solução de verdade.